Durante esta semana Talles Lopes coordenador de planejamento do Coletivo Goma está participando da V Jornada de Culturas e Desarrollo, organizado pelo CIC-BATA, em Córdoba, representando o Circuito Fora do Eixo e a Abrafin.

Afim de otimizar a comunicação em momentos de coluna FDE, onde a dinâmica é sempre corrida, Talles Lopes está postando vídeos diários contando a experiência vivida em terras estrangeiras. Acompanhe abaixo o primeiro Diário de Bordo - Coluna Ibero-Americana.

Estão abertas até o dia 25 de setembro as inscrições para o III Congresso Fora do Eixo (COFE), que será realizado de 10 a 16 de outubro, em Uberlândia(MG), reunindo no interior de Minas Gerais diversos agentes culturais representantes de Pontos Fora do Eixo situados nos mais variados estados brasileiros.

O III COFE foi um dos projetos contemplados pela seleção pública de debates presenciais do Programa Cultura e Pensamento, realizado pela FAPEX e Ministério da Cultura, com patrocínio da PETROBRAS. Durante sete dias, o evento irá promover debates sobre temas ligados ao universo da cultura brasileira, entre eles, economia criativa, artista e mercado musical, tecnologia social, empreendedorismo e economia solidária.

Essa é a terceira vez que o COFE é realizado. Em 2008, a cidade-sede foi Cuiabá, que recebeu durante o Festival Calango, quase cem agentes culturais integrados à rede Fora do Eixo. A segunda edição foi em Rio Branco, capital do Acre, e foi fundamental para a atualização geral do CFE, resultando na Carta de Princípios, além do planejamento sistêmico do organograma e de seus núcleos.

De lá pra cá, a rede se fortaleceu com a formalização de Pontos FE em cada cidade, que aos moldes do Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura, insere a localidade na rota dos programas promovidos pela rede. Hoje são cinquenta coletivos integrados oficialmente à movimentação, um número que promete crescer ainda mais no congresso com a apresentação de filiações por parte de novos coletivos interessados.

Além de obviamente fomentar as discussões sobre políticas públicas e estimular as trocas de tecnologias entre todos os envolvidos, o Congresso visa também traçar planos e estratégias acerca de ações do Circuito, como o Festival Fora do Eixo, o Fora do Eixo Card, o Festival Grito Rock Integrado, a rede social Fora do Eixo, entre outros. Ao final do congresso, além da conferência, cada núcleo de trabalho apresentará o programa cultural de desenvolvimento para o ano de 2011.

Metodologia - Para atender as metas estabelecidas para o III COFE, a programação contará com a realização de Mesas Redondas, Grupos de Trabalhos (GT`s) e Painéis que dinamizarão as atividades até último de encontro.

Pelas manhãs, as atividades terão início às nove, quando será promovida a Mesa Redonda, com a participação de profissionais e gestores – todos ligados aos temas já citados – convidados para a ocasião. A proposta tem como meta abordar temas relacionados ao processo de construção da rede, promovendo a transversalidade entre a cultura e outras áreas sociais que encontram nas organizações coletivas seu foco de atuação.

Entre os mediadores e participantes convidados estão Daniel Tygel, Lala Deheinzelin, Fabrício Nobre, Edson Natale, Ronaldo Lemos, Rodrigo Savazoni, Israel do Vale, Cláudio Prado, Alex Antunes, Ioshiaqui Shimbo, além do ícone da Economia Solidária no Brasil, Paul Singer.

A programação prevê também a realização de Grupos de Discussões(GD), cujas metas focam o trabalho dessas demandas internas, mas com discussões conceituais e deliberações que norteiam o desenvolvimento do mesmo. E também Grupos de Trabalhos, que visam trabalhar as demandas internas do Circuito, considerando a apresentação de projetos concluídos e proposições para o planejamento do ano. Eles serão divididos em cinco eixos temáticos: Centro Multimídia Fora do Eixo, Fora do Eixo Card, Festival Fora do Eixo, Fora do Eixo Discos e Agência Fora do Eixo.

Há quatro anos a artista Francesca Fermata inicia sua trajetória nas artes visuais. Em 2006 ingressou no curso de artes visuais da Universidade Federal de Uberlândia, de lá pra cá trabalhou em diversas vertentes das artes visuais, mas atualmente se dedica a trabalhos sobre artes mídia, design e arte engajada.

Já expôs em várias galerias de Uberlândia e congressos, além de trabalhos relacionados com arte urbana. Sendo que todos seus trabalhos têm um forte apelo político, mesmo que não seja escancarados ou apresentados de forma convencional, mas todos eles são antes de tudo os sentimentos que os outros escondem.

A obra que atualmente está sendo exposta é uma instalação/performance onde a artista fala do tema recorrente na maioria de seus trabalhos: a relação do gênero e a sociedade, e o seu sistema de troca. E como na maioria de seus trabalhos ela expõe sobretudo o seu pensamento a respeito do tema, ao invés de se embasar somente em teorias sociológicas, se baseia em sua experiência de vida e sentimentos, os seus sentimentos enquanto coisa/objeto/animal, afinal ela é apenas mais um número na estatística.