Jambolada agora é história - Parte 2

9/19/2007 10:54:00 PM - Goma - Cultura em Movimento

Uberlândia no mapa
Enzo Banzo – especial para o GOMA

Dizer anos atrás que em Uberlândia aconteceria o que o Brasil inteiro viu no Jambolada 2007 seria pedir para ser chamado de sonhador, megalomaníaco, viajante, sem noção.

Pois taí, 9 mil pessoas em três dias, qualidade artística, qualidade de infra-estrutura, bandas, imprensa, um grande coletivo de todo canto, como se a quebra de distâncias da internet em um momento passassem do virtual para o material.

Isso não se faz da noite para o dia, oh yeah. Não vai longe o tempo em que as calouradas universitárias eram o único espaço para as bandas locais tocarem com um som razoável, espaço disputado a tapa. No mais, caixinhas amplificadas e microfonias em repúblicas, universidade.

Voltas que o mundo dá.

A 1ª Jambolada em 2005, com um público de no máximo 500 pessoas, já tinha dado frutos. Porcas Borboletas e Dead Smurfs começaram a rodar festivais e cenas Brasil afora, esses caras vem de algum lugar que parece ser muito doido. 2ª Jambolada já com muito mais bandas, inserção 100% no Circuito Fora do Eixo. 3ª Jambolada, o up-grade que faltava, existir na própria cidade, com isso, a cidade existir.

Cidade que viu suas próprias bandas crescerem com o Festival. Quem ouviu há algum tempo Antena Buriti, 1Bando e o Fim da Quadrilha, Juanna Barbera, e voltou a ver no Jambolada, percebeu: esses caras tão levando a coisa a sério, essa bagunça tá ganhando corpo. Sem falar de Caffeine e U-Ganga, que tocaram no segundo Jambolada, vão estar no Arte na Praça de dezembro, e com certeza são bandas fundamentais na cena, por sua qualidade e autenticidade.

Cidade que viu, como o Brasil está vendo, sonzeira que não tem eixo nem fronteira. Artistas de todas as regiões, gente vinda do Norte (Los Porongas), Centro-Oeste (Vanguart, Móveis Coloniais de Acaju, Supergalo), Nordeste (Tom Zé, Nação Zumbi, Astronautas, O Quarto das Cinzas), Sul (Superguidis). E do Sudeste mais gente, afinal estamos aqui, seja em São Paulo (Daniel Belleza & Os Corações em Fúria, Duofel), Rio de Janeiro (Super HI-FI), ou em Minas, na capital (Falcatrua, Makely Ka, Estrume’ntal, Proa, Dead Lover’s), outros interiores (AcidoGroove, Vandaluz) e nesse interior Uberlândia, que não é mais só a terra do Alexandre Pires. Bem disse o André, vocal do Móveis, durante o antológico show de encerramento do Festival: “galera, isso tá acontecendo no interior!”.

Tem base? Tem eixo?

Goma aposta no Ecodesign

9/19/2007 03:34:00 PM - Goma - Cultura em Movimento

Ecodesign é o termo para uma crescente tendência nos campos da arquitetura, engenharia e design em que o objetivo principal é projetar lugares, produtos e serviços que de alguma forma reduzam o uso de recursos não-renováveis ou minimizem o impacto ambiental. É vista geralmente como uma ferramenta necessária para atingir o desenvolvimento sustentável.
O Ecodesign é um meio de reduzir ou eliminar esses impactos e manter qualidade de vida, substituindo produtos e processos por outros menos nocivos ao meio ambiente.

Princípios do Eco-Design

Escolha de materiais de baixo impacto ambiental: menos poluentes, não-tóxicos ou de produção sustentável ou reciclados, ou que requerem menos energia na fabricação.

Eficiência energética: utilizar processos de fabricação com menos energia.

Qualidade e durabilidade: produzir produtos que durem mais tempo e funcionem melhor a fim de gerar menos lixo;

Modularidade: criar objetos cujas peças possam ser trocadas em caso de defeito, pois assim não é todo o produto que é substituído, o que também gera menos lixo.

Reutilização/Reaproveitamento: Propôr objetos feitos a partir da reutilização ou reaproveitamento de outros objetos; projetar o objeto para sobreviver seu ciclo de vida, criar ciclos fechados.

Jambolada agora é história

9/19/2007 03:17:00 PM - Goma - Cultura em Movimento

Jambolada afirma-se como um dos festivais mais importantes do país



Em sua terceira edição, o Festival Jambolada, realizado nos dias 14, 15 e 16, em Uberlândia, Minas Gerais, consolidou-se como um dos mais importantes e interessantes do país. Tanto pela grande fluência de público, que ultrapassou três mil pessoas por dia, quanto pela organização e, especialmente, pela qualidade e diversidade dos shows apresentados, que afirmaram a importância da cena independente nacional. Organizado num ótimo local, com vários ambientes, chamado Acrópole, o festival reuniu um público jovem, interessado nas atrações. Filiado a Abrafin (Associação Brasileiras de Festivas Independentes), o festival contou com o patrocínio da Natura e o apoio da cerveja Sol.

Nos três dias, o festival cumpriu seu papel de revelar bandas novatas como Acidogroove (a mais promissora delas), Proa, Falcatrua, Juana Barbera, The Dead Lover’s Twisted Heart e Dead Smurfs, todas da região e de Belo Horizonte. Entre as bandas independentes, confirmaram sua importância na cena nacional Los Porongas, Vanguart, Porcas Borboletas (anfitriã), Daniel Beleza & Os Corações em Fúria, Estrume’n’tal, Astronautas, Superguidis e Móveis Coloniais de Acaju. As duas atrações "principais", Tom Zé e Nação Zumbi, levaram para o palco shows previsíveis, exceto pela insistência do primeiro em "brigar" com o público - que se mostrou extremamente (ou “mineiramente”) educado.

O festival também foi palco de debates sobre a cena independente, em particular o Circuito Fora do Eixo, em seus aspectos de circulação, distribuição e produção de conteúdo. As palestras e os debates contaram com a presença de Tales Lopes e Alessandro Carvalho, organizadores do festival, Israel do Vale (Rede Minas), Rodrigo Lariú (Festival Evidente). O festival ainda contou com uma ampla cobertura de imprensa, que incluiu sites, blogs, rádios, jornais e televisões locais e da região, e outros órgão de imprensa estadual e nacional, como Trama Virtual, Rolling Stone, MTV, Programa Alto-Falante, OutraCoisa, Urbanaque, Loaded e Senhor F, entre outros.

Fernando Rosa é editor de Senhor F e acompanhou o festival à convite da organização.