ANTENA BURITI é crítico e divertido, violento, sensual e provocativo, pop e vanguardista, dançante e pensante. Suas letras abordam desde a miséria e as riquezas do Sertão da Farinha Podre, até os mais diversos temas da atualidade mundial, como pirataria, tráfico de órgãos, amor e CAOS.
Para quem não pôde ir no Rondon Pacheco ver a peça de Marsial de Azevedo, com os atores Cláudia Miranda e Ulisses Silveira, rola de conferir nos dias 7 e 8 de junho, às 20 horas.
Só que dessa vez vai ser no Espaço do Balé de Rua, que fica entre Av. João Pinheiro e r. Curitiba, Bairro Brasil.
Durante o mês de junho a Galeria GOMA apresentará fotografias, imagens escritas e objetos que compõem a exposição do artista plástico e arquiteto Rodrigo Moretti.
A vernissage da obra será hoje, 05 de junho, às 20:00 horas no GOMA.
"O consumismo que a cultura do capital gestou está na base da fome de bilhões de pessoas e da atual falta de alimentos da humanidade. Face a tal situação como deveria ser o consumo humano?"
Por Leonardo Boff*
Em primeiro lugar o consumo deve ser adequado à natureza do ser humano. Esta, por um lado, é material, enraizada na natureza e precisamos de bens materiais para subsistir. Por outro lado, é espiritual que se alimenta com bens intangíveis como a solidariedade, o amor, a acolhida e a abertura ao Infinito. Se estas duas dimensões não forem atendidas nos tornaremos anêmicos no corpo e no espírito.
Em segundo lugar, o consumo precisa ser justo e eqüitativo. A Declaração dos Direitos Humanos afirma que a alimentação é uma necessidade vital e por isso um direito fundamental de cada pessoa humana (justiça) e conforme as singularidades de cada um (equidade). Não atendido este direito, a pessoa se confronta diretamente com a morte.
Em terceiro lugar, o consumo deve ser solidário. É solidário aquele consumo que supera o individualismo e se auto-limita por causa do amor e da compaixão para com aqueles que não podem consumir o necessário. A solidariedade se expressa pela partilha, pela participação e pelo apoio aos movimentos que buscam os meios de vida, como terra, moradia e saúde. Implica também a disposição de sofrer e de correr riscos que tal solidariedade comporta.
Em quarto lugar, o consumo há de ser responsável.É responsável o consumidor que se dá conta das conseqüências do padrão de consumo que pratica, se suficiente e decente ou sofisticado e suntuoso. Consome o que precisa ou desperdiça aquilo que vai faltar na mesa dos outros. A responsabilidade se traduz por um estilo sóbrio, capaz de renunciar não por ascetismo, mas por amor e em solidariedade para com os que sofrem necessidades. Trata-se de uma opção pela simplicidade voluntária e por um padrão conscientemente contido, que não se submete aos reclamos do desejo nem às solicitações da propaganda. Mesmo que não tenha conseqüências imediatas e visíveis, esta atitude vale por ela mesma. Mostra uma convicção que não se mede pelos efeitos esperados, mas pelo valor que esta atitude humana possui em si mesma.Por fim, o consumo deve ser realizador da integralidade do ser humano. Este tem necessidade de conhecimento e então consumimos os muitos saberes com o discernimento sobre qual deles convém e edifica. Temos necessidade de comunicação e de relacionamentos e satisfazemos esta necessidade alimentando relações pessoais e sociais que nos permitem dar e receber e nesta troca nos complementamos e crescemos. Às vezes, esta comunicação se realiza participando de manifestações em favor da justiça, da reforma agrária, do cuidado pela água potável, da preservação da natureza, ou também vendo um filme, assistindo a um concerto, indo a um teatro, visitando uma exposição artística, participando de algum debate. Temos necessidade de amar e de sermos amados. Satisfazemos esta necessidade amando com gratuidade as pessoas e os diferentes de nós. Temos necessidade de transcendência, de ousarmos e de estarmos para além de qualquer limite imposto, de mergulharmos em Deus com quem podemos comungar. Todas estas formas de consumo realizam a existência humana em suas múltiplas dimensões. Estas formas de consumo não custam e não gastam energia, pressupõem apenas o empenho e a abertura para a solidariedade, para a compaixão e para a beleza.
Tudo isso não traduz aquilo que pensamos quando falamos em felicidade?
(*) Leonardo Boff é teólogo, escritor, professor emérito de ética da UERJ e membro da Comissão da Carta da Terra.
O Brasil recicla apenas 17,5 % do plástico rígido e do plástico filme, aquele usado em sacos de lixo e sacolas de supermercado. O resto vai parar no lixo, onde leva mais de 450 anos para se degradar. Se for depositado a céu aberto, o que acontece com 30% do lixo produzido no Brasil, o plástico dificulta a compactação do lixo e prejudica a decomposição dos materiais degradáveis. Ou seja, o lixão dura ainda mais tempo do que deveria.
Mas poderia ser pior. Se os plásticos não forem para o lixo e virarem sujeira em praias, por exemplo, vão causar ainda mais estragos. Calcula-se que o plástico mata 1 milhão de pássaros e 100 mil mamíferos marinhos por ano em todo o mundo. E, depois que esses animais morrem, o saco plástico volta a ficar livre para continuar matando outros animais.
Todos os dias são descartados milhões de sacos plásticos no Brasil. Mesmo que não levemos em conta os danos diretos ao ambiente ou a dificuldade que o plástico gera para a decomposição do lixo orgânico, é assustadora a idéia de que várias gerações de nossos descendentes terão de se defrontar com o estoque de bilhões de saquinhos gerados por nós. O lixo não desaparece num passe de mágica só porque o caminhão de coleta o levou para longe. Se o caminhão não aparecer, o lixo gerado por apenas três famílias, durante um ano, é suficiente para encher um apartamento de dois dormitórios até a altura dos joelhos.
É uma herança duradoura e nociva em relação ao conforto que oferece. É preciso pensar nisso antes de colocar uma revista num saco plástico só para carregá-la por 10 metros, até onde seu carro está estacionado. E tanto o vendedor de uma loja quanto o funcionário de um supermercado, quando entregam um monte de saquinhos ao cliente, acham — na maior boa vontade — que estão prestando um grande serviço. Mas, na verdade, estão colocando na mão de seu cliente um lixo que leva muito tempo para se decompor.
Por isso, evite o uso de sacos plásticos e prefira levar sua própria sacola quando for fazer compras.
Você costuma pagar para freqüentar shows? Alguns produtores e bandas do Nordeste andam comentando que o público não está contribuindo muito com as casas que abrem para apresentações de bandas locais. Esse foi o assunto principal da quarta edição do Podcast Nordeste Independente, gravado por mim e pelo Luciano Matos, de Salvador.
Tem ainda mais um pouco de festival Bananada, uma entrevista com o Fabrício Nobre (MQN, Abrafin, Monstro) sobre a qualidade do público de Goiânia, e uma vista rápida pela cena de João Pessoa. Essa foi nossa edição menos bairrista, com apenas uma banda de Pernambuco e uma da Bahia. Sacaê o tracklist:
O Nuda é uma das bandas novas que entendeu o recado dos novos tempos: infelizmente, não cabe mais ao músico “apenas” fazer música, mas colocar a cara em todas as etapas do processo de produção. Com pouco mais de dois anos de carreira, a banda, daquelas difíceis de definir (eles mesmos acabam se definindo melhor do que qualquer pré-definição alheia), é uma das atrações de amanhã do festival Nordeste Independente, que acontece no Novo Pina. Também se apresentam em Natal, no dia 29 de março, em prévia do Festival DoSol.
Confira abaixo a entrevista feita por e-mail com Henrique, baixista do Nuda. E, caso você tenha banda, assimile – e aplique - alguns dos conselhos dele.
No myspace da banda vocês afirmam que “o mais singular do Nuda é serplural”. Sem querer ser reducionista, essa pluralidade que vocêsreivindicam abraça quantos estilos?
Olá, Hugo! Cara, quando falamos em pluralidade não nos apegamos a estilos, mas sim à falta de barreiras, preconceitos e rótulos perante nossa manifestação artística. Mas não tem como negar que somos fascinados pela música brasileira e nem que fomos ”criados” no rock.
Como será o show do Nordeste Independente?
Algumas pessoas chamam esse nosso repertório de Festivais como nossa ”vertente” psicodélica. Bem, posso te dizer que o show vai por aí. Devemos apresentar alguma releitura também, mas aí fica pra surpresa da hora.
A Nuda tem cavado um espaço legal para tocar, com agenda cheia e shows marcados fora do Estado. Como conseguem essa articulação? O segredo é correr atrás e investir em shows?
Hoje existem tantos meios de divulgação e o mercado mudou tanto que o significado de ”artista” mudou demais. Tem uma frase legal usada pelo pessoal do Macaco Bong que é ”artista igual a pedreiro”.É por aí. Desde o começo da banda nos preocupamos em ter um material legal de divulgação, gravando em bons estúdios e disponibilizando as músicas de forma atrativa (e isso não é necessariamente um sinônimo de altos gastos). Também estamos sempre de olho na cena independente do país inteiro, fomentando contato com organizadores, mostrando material, etc.
Como surgiu a banda? Quanto tempo de carreira?
Mais ou menos começo de 2006. Foi um processo longo e espero que duradouro. Eu tinha tocado com Dossa, que conhecia Rapha, que estudou com Scalia, numa daquelas coincidências.Scalia e Rapha sempre compuseram, criamos uma amizade muito forte e começamos a nos reunir só para fazer jams. Isso durou meses. Daí trouxemos as jams pra dentro das letras, as músicas pra dentro das jams e aqui estamos.
Se quiser acrescentar algo o espaço é seu.
Opa. Então gostaríamos de alertar os amigos de correnteza: há botijas e arapucas no nosso meio. Se informem sobre direitos autorais, creative commons, SMD`s, difusão digital, Coletivos e todas as novas possibilidades. Um certo cidadão profetizou que “nos organizando podemos desorganizar”. E sobre o festival, a gente está numa instiga muito grande, porque não tocamos no Recife desde o fim do ano passado e essa volta não poderia ser em momento melhor. Sem contar que as bandas são muito boas, vaidar pra se divertir um bocado. Pra conhecer mais a Nuda: www.myspace.com/sitionuda. Abraços!
Nosso animado juiz sutilmente chama todos para dentro e aí a festa começa!
A primeira batalha das equipes Fuzilis X Trash ficou sem o registro da casa, porque o som estava impossivelmente alto. A Trash foi a equipe que passou pra segunda rodada. Confira o depoimento deles no blog LIVING FOR THE WEEKEND!
Quando as outras duas equipes subiram no palco - Porcas Borboletas X Trés Esgulepes - a altura do som ficou mais tolerável e muita gente entrou para assistir a batalha.
Porcas Borboletas já começaram colocando um Luiz Caldas do além, mas que fez a moçada dançar "Eu queria ser uma abelha pra pusar na sua flor..." Haja amor!!!
Lucas, Castor e Aninha respondeu à altura com Jackson Five. BOM DEMAIS!!
PORCAS retrucou com um AHA - Take on me, que surpreendentemente fez todo mundo cantar junto.
Os esgulepados mandaram um Stereo Total e arrasaram na performance de palco.
Porém, os Porcas responderam com um Tim Maia e provocaram uma catarse geral, ganhando o segundo round da batalha.
A batalha final foi super emblemática: TRASH X PORCA BORBOLETAS, ou modernos x BGS? ou Jovens x Tiosões?
TRASH: momento CRÉU!
JÚNIOR: momento Kátia Flávia - louraça belzebu Calcinha!
Entrega do cinturão para a equipe campeã - Trash, que defenderá o título no próximo desafio.
GOMA Cultura em Movimento é um espaço destinado à apresentação, articulação e integração de projetos e iniciativas de diversas áreas artísticas.
Gerido por um coletivo de artistas, produtores e agentes de mídia independente articulados ao Circuito Fora do Eixo e ao Fora do Eixo Minas, o GOMA é um espaço para se repensar a cadeia produtiva da cultura, introduzindo uma lógica cooperativa e criativa, superando modelos marcados pela competição e pela repetição.