Jambolada´08: Música e Literatura com Lirinha, Danislau, Vane e Evandro

por Danislau, para o Portal fora do Eixo.

Na tarde de sexta, rolou o debate sobre literatura e música. O Ney pediu pra eu escrever sobre. Sou suspeito pra contar o que se passou, pq estava meio q na minha mão a função de introduzir o bate-papo, talvez mesmo conduzir, aquilo a que chamam “mediação”. Em todo caso, posso dizer que o papo correu firme, com intensa participação de todos os (muitos) presentes. Mergulho coletivo. Gente pensando junto. Legal isso que cada vez vai pintando mais nos festivais: as mesas com debate fundado em questões de estética, de arte. Acho q as mesas com debate mais acentuadamente político são super-importantes, mas talvez seja tempo de se realizarem mais esses debates doidões, quase-happenings, os espíritos da arte encostando, sabem como é. Aproveitar mais os artistas do circuito nessas tardes de bate-papo.

Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) declamou um poema, Vane Pimentel (Vandaluz) declamou outro, eu (Porcas Borboletas) li um poema do Muryel de Zoppa. Evando Viera compartilhou sua experiência editorial. Esse o pessoal da mesa. Marquinho do Emcantar pediu que essa rapaziada, que integrava a mesa, dissesse um pouco sobre seu processo de escrever. Discutiu-se a força do poema no papel, e de como essa força pode se operar de maneira diferente quando a palavra é cantada. Não tenho dúvida que a discussão foi profunda. Atravessou-se.

Lá de fora, feedback foi legal. Mais de uma pessoa se disse instigada com o debate. Então valeu, como vai valendo o festival inteiro, justamente por isso. Instigar seja a dança.