Perfecto!

2/26/2008 11:23:00 AM - Goma - Cultura em Movimento

Entrevista com banda Perfecto! realizada por Cremogema (cavernapunk) e Zak Wilde (Metal carnage)


- Como a banda começou, por que o nome Perfecto?

A gente começou a tocar era outra banda, o Bolores, nós gostavamos era toda uma família, mas o som não era mais o que estavamos querendo. Era uma parada totalmente imatura, adolescente, mas que não estavamos curtindo mais. Foi então que pensamos em mudar realmente, por que as letras e as músicas já estavam mudando, ficando mais trabalhadas.

Então pensamos em não continuar com o mesmo nome, fizemos uma listinha de nomes, selecionamos Perfecto, na época não tinha sentido, hoje em dia para a gente é...

Perfecto não tem nada a ver com perfeição, não somos perfeitos, a gente é feio para caralho (risos) é busca não da perfeição, mas de algo que você gosta. A meta da perfeição não é o ponto final, e sim o ponto que você percorre. Todo ser humano é assim, e isso nas letras a gente diz muito, que é trabalhar bastante a sua meta de vida, é uma libertação pessoal, por isso tentamos não nos rotular, pois nas letras a gente fala que você não deve seguir padrão, por que você está em uma sociedade que tem alguns padrões que você não pode deixar de seguir por que se não você é doido! É tipo você sempre respeitar os seus valores e buscar ser realmente feliz com oque você gosta, seja no hard core , ou ... não só musicalmente dar o melhor de você para aparada rolar!


- Quando a banda começou a rodar estrada, ensaiar?

O Thiago bateria é o meu primo, ele tocava com o marcos e com o Dimis, era banda de colégio, tocando à tarde, tinha 16 anos e montamos a banda do nada, e com o tempo foram surgindo idéias, montando uma banda realmente. Hoje a gente já tem estúdio próprio para ensaiar mais ou menos vedado, começamos em 2002, e em 2004 já fomos para Goiás para tocar, depois tocamos em Belo Horizonte, tocamos no interior de São paulo, como Bolores, mas a primeira viagem agora é essa de Uberlândia,vamos ver a aceitação do público. Estamo terminando de gravar o cd, em primeira mão o nome do cd é "Primeiro impacto", ninguém sabe ainda ...


- Como que está rolando o cenário independente de Brasilia para vocês?

A gente passou 2006 paradaço, em 2007 a gente tocou com umas bandas maiores tipo Forgotten Boys, até com o Linha de Frente. Em Brasília existe muita renovação, o pessoal que vai nos shows, não aparece freqüentemente, e isso é interessante por um lado. Tem muitos festivais com bandas diferentes. Shows são normalmente no domingo, por que todo mundo trabalha no sábado. Eu mesmo entrei na cena a dez anos.


- Esse tempo no cenário o que trouxe de experiência para vocês?

Porra cara,com o Bolores muita coisa, a gente tomo muito tombo, aprendue muita coisa, tocamos com o CH4 no Zona Punk Tour, experiência de palco, engrandeceu com amizade, tocamos com o Ruffio em Limeira, e o cara de lá falou que a gente ia ter que vender 30 ingressos a 50 reais, a gente colocou acho que 20 pessoas dentro do onibus, prejuizo de 2000 reais quase. Lidar com público, mexer com som, em Rio Claro, não tinha nem ampler de baixo, tocando com Punk 77, e pô, a gente com o hard core melódico, neguinho chamando a gente de emo. Você

vai aprendendo. A gente já é velho na cena de Brasília, a galera comprimenta a gente.

- Linha de influência:

Ruffio, Dead Fish , Bossa nova, Metal core.

- Linha de produção:
Todo mundo escreve, e compõem em suma.

- A gravação ...

O pessoal dos Móveis Coloniais que está produzindo a gente, então eles tem muita experiência, o cara chega e fala isso não vai dar certo. Até agora ganhamos bastante.

- Melhor show para vocês?

Do Perfecto, foi o último (ao final do show, para eles, disse que foi o melhor). Tocamos no Proteu aqui com o Bolores, mas não foi bom, o palco caiu, a galera saiu, o lugar era muito grande.


- E qual foi a situação mais complicada que vocês já passaram?

Quase tomamos um pau de punk, não chegamos a brigar, mas a treta foi feia, por que a gente é hard core mas nao é hardcore, é hard core melódico, já coloca como emo. Punk é foda. O cara colocou uma bandeira do Brasil no chão e vomitou em cima, eu fiquei muito puto. Eu falei que ele tava alucinado, tem que rolar respeito.


- Você sabe diferir hard core melódico e emocor? Por que os dois são tão confundidos?

Hoje em dia não dá mais para rotular, na minha opinião, o emocore, pelo que eu vejo de matéria, neguinho na rua, um movimento visual e não musical. E o hard core é música. Eu conheço o emocore há muito tempo. Eram bandas que não tinham nada a ver com o emo de hoje. Era hard core mas não era melódico, hoje em dia o emo é uma loucura! Porque o cara que curte hard core de 1980 vai falar que nós somos emos, um bando de filho da puta, mas a gente olhou pro emo e fala "a gente não é isso!". O hard core e o punk são uma ideologia de vida, o emo é ter a franja mais lisa do mundo, a roupa mais apertada, pegar homem, mina ...


- Projetos...
Gravar clipe, pois tem como fazer isso com uma demanda baixa.

- Qual show você pensou que não dava para tocar?
Em Val Paraiso. A gente não ajudou também, encheu o caneco, saiu muito ruim o som.

- Qual o impacto que você acredita ter em quem houve suas músicas ?

Espero que tenha um sentido de vida para quem houve, não queremos passar um guia de vida Perfecto, queremos que você não se prenda. Que não seja alcatraz. Assumir o que você faz, sem seguir em padrões.


Quadro bate e volta:

Rick: Estamos fudidos!

4 bandas nacionais: Dead Fish, Glória, Noção de Nada e Garage Fuzz.
4 bandas gringas: For you strkes, Viit, Batel e blink.
Drogas: Só fumo e bebo, faça o que quiser tendo noção.
1 livro: último que li na faculdade,1974 alguma coisa hehehe
1 cd: Strike 2007 // Ac/dc // Metallica

Contatos:
www.myspace.com/perfectorock
www.perfectorock.com

- Mensagem e expectativa:

Eu vi muita diversidade lá em baixo, umas minas com cara de patricinha (não tô rotulando ninguém, mas umas minas mais arrumadas, uns cara meio true. Mas a gente vai dar o melhor !

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